Namaste

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Federico Garcia Lorca Se Minhas Mãos Pudessem Desfolhar

Se Minhas Mãos Pudessem Desfolhar

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber a lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.

E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as
estrelas
e mais dolente que a mansa
chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez?
que culpa
tem o coração?

Se na névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!


virtualiaomanifesto.blogspot.com/2008/10/fede...

Federico Garcia Lorca


Federico García Lorca é, ao lado de Miguel de Cervantes, o escritor espanhol mais conhecido e lido tanto na própria Espanha, como no resto do mundo. Poeta e dramaturgo, de uma obra intensa, marcada por codificações simbólicas: a lua, a morte, a terra, a água, o cavalo, a criança...
Lorca criou um dos mais belos teatros do século XX, introduzindo em suas peças uma linguagem poética singular. Sua insatisfação diante da vida transformava os costumes abordados em sua tragédia. Centro de um grupo de intelectuais que passou para a história como a “Geração de 27”, congregou com os maiores nomes do universo da arte e cultura da Espanha do século passado, entre o solar dos seus amigos estavam: Luís Buñuel, Salvador Dali, Antonio Machado, Manuel Falla e Rafael Alberti.
Federico García Lorca foi um dos primeiros a ser vitimado pela Guerra Civil Espanhola, sendo abatido pelos nacionalistas, grupo liderado pelo general Franco, que uma vez no poder, levaria a Espanha a uma ditadura de quatro décadas. Durante a ditadura franquista, o nome do poeta andaluz foi banido e proibido em todo o país. Numa época de conservadorismo dos costumes católicos na Ibéria, as idéias de Lorca, juntamente com a sua homossexualidade latente, foram decisivas para o seu fuzilamento. Se a conduta de idéias e as assimilações de vida de Lorca bateram no preconceito de uma nação, assassinando o homem, o poeta e o dramaturgo eternizaram o mito. Mesmo calada a sua obra por décadas, ela voltou com os ventos da democracia, formando um grande vendaval que fizeram das palavras dilaceradas à luz da lua, um grito que ecoou por toda a península Ibérica, tornando-se um dos maiores nomes da literatura espanhola.

Charles Chaplin

O sentido da vida

Meninas, o sentido dá vida masculina é não fazer sentido. Corremos pela existência fazendo racha. A gente vive para vencer os inimigos, errar a freada e espatifar o carro na ribanceira.
O homem é o supremo pé de breque da criação.

Quer saber? Não ligue. Não vai fazer muita diferença você ser das que namoram ou das que não namoram. Homem não tem mais tesão por isso. Uma mulher que namora de tanguinha sensual e uma mulher que não namora (também esta de tanguinha sensual), dá empate! Dá empate!

Esqueça. Relaxe. Eita mundo cheio de cola e figurinha. Dá um chute de Vágner Love no planeta, moça! No fim, num planeta cheio de regras e rótulo, você só vira a garota-propaganda da cerveja se quiser.

Se eu puder te dizer uma coisa, eu digo: não adianta muito se você namorou um bocado ou rodou solteira até dizer chega. O homem, se for bocó – e ele será bocó – vai enxergar defeito em qualquer das opções. A solução está na coluna do meio: você é o que é.

O planeta se sairia muito melhor no vestibular se a gente resolvesse ver o globo como uma bola de sorvete carente de lambidinha, e não uma bolinha de gude disputada a tapa com o amiguinho no recreio.

http://colunas.marieclaire.globo.com/falecomele/